Na busca pelo recurso alimentar dos cetáceos (baleias e golfinhos), fatores como a sazonalidade, o sexo e a idade do predador podem influenciar o comportamento de alimentação individual. Informações sobre a dieta também fortalecem o entendimento quanto aos padrões de uso de habitat, que estão relacionados às áreas de ocorrência das presas, assim como o papel destas, como espécies-chave dentro de estruturas acondicionadas à disponibilidade de recurso nos demais níveis tróficos. A compreensão desta dinâmica contribui para conhecer melhor o papel das toninhas nas cadeias tróficas marinho-costeiras, bem como a sua interação com a atividade pesqueira, gerando subsídios à sua conservação.
A toninha é o golfinho mais ameaçado de todo Atlântico Sul Ocidental e atualmente é a única espécie de pequeno cetáceo ameaçada de extinção no Brasil, segundo a Lista Oficial das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.
De acordo com o projeto Toninhas, a captura acidental em redes de pesca é a principal ameaça à conservação da toninha. Centenas morrem todos os anos ao longo do litoral, pois se prendem nas redes e acabam se afogando. Pesquisas vêm sendo realizadas para reduzir este problema, incluindo o uso de alarmes sonoros em redes, o uso de redes modificadas e o uso de petrechos de pesca alternativos, como espinhéis.
A iGUi Ecologia também participa deste esforço na preservação e conservação desta espécie de golfinho. Pelo programa científico da iGUi Ecologia, a aluna Daniele Lopes desenvolve uma pesquisa sobre a variação na dieta de machos e fêmeas no litoral de Santa Catarina. Confira no vídeo!