Hoje vamos abordar dois assuntos muito discutidos na atualidade, a logística reversa e a reciclagem, pois eles estão diretamente interligados e fazem parte da teoria de sustentabilidade. Inclusive se quiser ver outras matérias relacionadas aos temas é só clicar: www.iguiecologia.com/logistica-reversa e www.iguiecologia.com/reciclagem.
Devido ao crescente número na produção de resíduos e o descarte incorreto deles no ambiente, a reciclagem é um processo de extrema importância, pois é através desse processo que é possível o encaminhamento correto ao destino final do resíduo gerado, diminuindo o impacto causado no ambiente, e ainda colabora com a geração de emprego e renda as cooperativas e catadores de materiais recicláveis.
O processo de reciclagem é pegar algo que, aparentemente, não pode ser mais reutilizado e enviá-lo (destiná-lo) até a indústria, onde lá, esse produto vai ser transformado novamente em matéria-prima que será utilizada para fabricar itens iguais ou diferentes do original.
Apesar de conhecermos a importância da reciclagem, ainda são poucos os resíduos coletados e reciclados no Brasil. Infelizmente, existe uma defasagem na infraestrutura da coleta e o transporte até as indústrias de reciclagem. Uma alternativa legal e que incentiva a reciclagem é a logística reversa, que é outro princípio baseado em sustentabilidade, e visa reduzir a poluição do meio ambiente, o desperdício dos insumos e promover a reutilização e reciclagem de produtos, além de trazer benefícios potenciais à empresa, como a eficiência econômica, pois permite geração de ganhos financeiros na economia, reutilização de recursos e ganho de prestígio da marca.
Em 2010 foi instaurada a lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos nº 12.305 (PNRS), a qual estabeleceu instrumentos para a evolução da gestão de resíduos no Brasil. Nesta lei ficou definida que todos são co-responsáveis pela destinação correta dos resíduos, a responsabilidade é dos fabricantes, importadores, comerciantes e consumidores! Também foi estabelecido o que é a logística reversa e quais as diretrizes para sua implementação. Cujo princípio é incentivar as empresas a utilizarem seus resíduos em seus ciclos produtivos ou em outras cadeias, ou a lhe darem uma destinação final adequada.
Infelizmente, o programa da PNRS não levou o Brasil a avançar na questão de coleta seletiva e tratamento dos resíduos. Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil de 2016, publicado pela Abrelpe, são geradas em torno de 78,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos no país e que 7 milhões de toneladas de resíduos tem o destino impróprio. E que dos resíduos coletados, em torno de 41,7 milhões de toneladas foram enviadas para aterros sanitários, sem tratamento adequado. Infelizmente uma situação que agrava o impacto negativo, pois a disposição desses resíduos se dá, em sua maioria, em terrenos a céu aberto, causando poluição visual, do solo, do ar e do lençol freático e gerando um cenário alarmante do ciclo geral de resíduos sólidos no Brasil.
Após a elaboração das PNRS o prazo para a extinção de lixões e substituições por aterros sanitário deveria ter sido em 2014, há 05 anos atrás e nada foi feito.
Em 2017, no estado de São Paulo, foi assinado um acordo entre representantes da indústria, CETESB e Secretaria do Meio Ambiente com FIESP, CIESP e ABRELPE, que estabelece diretrizes para a implementação e operacionalização de um sistema de logística reversa de embalagens. Com esse acordo assinado, a empresa líder no setor de tecnologias para gestão de resíduos sólidos no Brasil, a “ New Hope Ecotech” , desenvolveu uma plataforma capaz de rastrear e armazenar dados da cadeia de reciclagem e criou o selinho: EURECICLO, que foi idealizado para solucionar dois grandes problemas: a destinação final de embalagens geradas por empresas e a marginalização dos agentes da cadeia de reciclagem.
O selo certifica que as empresas destinam recursos para o desenvolvimento e operação das cooperativas de reciclagem. E é daí que vem a ideia da compensação ambiental: as empresas pagam as cooperativas para retirarem do ambiente uma quantidade equivalente de material ao das embalagens de seus produtos.
A compensação ambiental pode ser comprovada pelas vias de Notas Fiscais de venda de material reciclado, que junto a um contrato com as cooperativas que exige a exclusividade das Notas Fiscais enviadas, garantem que duas empresas diferentes não estão contabilizando a mesma Nota Fiscal. Com isso, as cooperativas valorizam seu trabalho e ainda possui uma parceria melhor, além de criar uma competição saudável entre projetos de reciclagem e logística reversa em busca de maior eficiência. Se as empresas do Brasil se adequarem à proposta, a taxa de reciclagem será muito maior do que os 3% atuais. Vale lembrar que a meta definida foi de garantir a destinação adequada de pelo menos 22% das embalagens colocadas no mercado. Para garantir a logística reversa, as empresas se comprometem a realizar ações de apoio a cooperativas, pontos de entrega voluntária no varejo e programas de conscientização ambiental do consumidor. A eureciclo surge como entidade certificadora para trazer transparência ao atingimento das metas e para assegurar as licenças ambientais.
Todos nós somos responsáveis pelos resíduos que geramos, vamos juntos desempenhar nosso papel de cidadão!!
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