Setor de franchising é reinventado com o uso da tecnologia
João Fagim | Franquias | junho 1, 2019
Vivemos em um mundo em constante transformação. À medida em que a tecnologia avança, surgem novos produtos, serviços, modelos de negócios e necessidades. O setor de franquias não é exceção. O franchising, como é conhecido, é um exemplo bem-sucedido da inovação a serviço da rentabilidade.
Segundo Antonio Bento Moreira Leite, vice-presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o franqueador que procura inovar seus negócios deve levar em conta quatro pilares:
1) A experiência do cliente
Ela pode ser aprimorada com plataformas tecnológicas que facilitam a vida do consumidor. A franquia de piscinas iGUi, por exemplo, aposta na realidade virtual para que o cliente possa visualizar, em 360 graus, como o seu projeto de piscina vai ficar depois de construído.
2) Os processos de governança
Isto é, trazer inovações para auxiliar na gestão financeira, fiscal ou contábil. O vice-presidente cita como exemplo o Finanças 360, sistema desenvolvido por franqueados da rede O Boticário, que aprimora a organização da franquia com relatórios de demonstração de resultado e de fluxo de caixa.
3) Os controles operacionais
Aqui, inovam-se as operações que acontecem no dia a dia das franquias. É o caso da automação de serviços e de novas tecnologias que auxiliam no preparo de produtos. Por exemplo, aplicativos que ajudam a medir o cozimento ideal das comidas em franquias de alimentação.
4) Os programas de relacionamento e fidelidade
É o caso da plataforma Zygo, usada pelas franquias Subway, Spoleto e Camarão e Cia. A interface ajuda os estabelecimentos a conhecer melhor os clientes e a se comunicar com eles por canais digitais. Por meio do cadastramento, o restaurante elabora a base de dados do perfil de consumo de seus frequentadores e pode, usando a própria ferramenta, fazer marketing direcionado a clientes específicos, de acordo com as suas preferências.
Microfranquias são soluções de baixo custo para novos empreendedores
Negócios cujo investimento inicial para se tornar um franqueado é inferior a R$ 90 mil – essa é a definição de microfranquia. Entre 2017 e 2018, elas cresceram 8% .Em termos de formato, as microfranquias são bastante diversificadas. Quiosques, carrinhos, food trucks, bikes, vending machines, delivery, venda direta e store in store (lojas dentro de outras lojas, como uma cafeteria dentro de um banco) são algumas das formas como as microfranquias estão no nosso dia a dia.
Como o investimento inicial é menor, elas são bastante atraentes para empreendedores em momentos de crise. Um exemplo de microfranquia de baixo custo é a Laundromat.
Com custo inicial de R$ 55 mil, oferece um serviço automatizado de lavanderia em lugares como postos de gasolina, lojas e supermercados. Esse modelo de negócio tem atraído até mesmo empresas tradicionais como a Cacau Show e a Havaianas, que lançaram formatos especiais de microfranquias em quiosques.
Fonte: Revista 29horas – http://revista29horas.com.br/sao-paulo/setor-de-franchising-e-reinventado-com-o-uso-da-tecnologia/